Plano de parto: por que é tão importante ter um?

O Plano de Parto com certeza vai fazer diferença no nascimento do seu Bebê, imagine esperar nove meses, contar as horas para dia do nascimento e de repente, algo inesperado acontecer, seu acompanhante é proibido de entrar na sala de parto, você é obrigada a aceitar procedimentos de rotina do hospital e o que tinha tudo para ser um sonho se torna parte de um grande pesadelo. Ninguém quer passar por uma situação dessas, certo? 

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    Manu

    By MÃE DE GÊMEOS

    O parto costuma um assunto que traz muita ansiedade e também insegurança e para as mamães, apesar da maioria dos obstetras só começar a conversar sobre isso a partir da 30ª semana da gestação, a mamãe já pensa nisso desde a notícia da gravidez, e é nisso que o plano de parto pode te ajudar.

    Definir um plano de parto, como quer enfrentar cada momento ajuda a nos dar tranquilidade e, principalmente, faz com que estejamos preparadas para a grande hora.

    Engana-se a mamãe que acredita que o plano de parto é apenas para as que planejar um parto normal, hoje a cesárea também pode ser mais humanizada caso você tenha um plano de parto.

    É uma possibilidade para todas, por isso fique aqui e entenda como o plano de parto pode ser muito útil para você!

    O que é um Plano de Parto?

    O plano de parto é um documento que explica o que a grávida quer ou não quer que seja feito com ela e com seu bebê durante o trabalho de parto, parto e pós-parto.

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) determina que alguns procedimentos sejam adotados durante o parto, buscando um melhor resultado para saúde da mamãe, do bebê e dos primeiros momentos desse tão esperado encontro.

    Infelizmente no Brasil é comum procedimentos serem feitos de rotina mesmo sem indicação médica, como o corte na vagina (episiotomia), uso de soro com ocitocina e até o uso da posição deitada de barriga para cima na hora de parir (litotomia), na cesárea o pano azul tampando tudo o tempo todo, a mãe presa a maca e agora por causa do covid até sozinha querem deixar a mãe.

    Nesse cenário, ter um plano de parto é ter uma ferramenta importante para quem quer se preparar para a chegada do bebê de uma forma agradável e respeitosa. O plano de parto é um instrumento da humanização e atende às situações em que o mais seguro e indicado para aquela família é passar por um parto normal ou uma cesárea.

    E o Bebê?

    Ele também recebe alguns procedimentos desnecessários que podem ser evitados se estiver no plano de parto, por vou listar abaixo alguns para você:

    Clampeamento imediato do cordão umbilical

    Quando o cordão é clampeado imediatamente após o nascimento, o bebê deixa de receber o sangue oxigenado de sua mãe e é obrigado a respirar imediatamente, o que é doloroso para os seus pulmões que respiram pela primeira vez.

    Como na assistência humanizada não existe pressa em cortar o cordão, a transição é tão mais suave que muitas vezes não há qualquer choro do bebê.

    A Recomendação 44 do documento da OMS estabelece que o cordão não deve ser clampeado antes de passado pelo menos 1 minuto após o parto, para melhores desfechos materno e neonatal de saúde e nutrição, inclusive no caso de mulheres com HIV.

    Não se deve ter pressa em interromper o fluxo sanguíneo do cordão umbilical, pois durante os primeiros minutos de vida ele continua pulsando para levar ao bebê um aporte de sangue importante para a sua saúde, além do oxigênio necessário para uma transição respiratória suave, isso pode ser solicitado no trabalho de parto.

    Aspiração da boca e nariz

    Essa aspiração é bastante incômoda e invasiva para um bebê que acabou de nascer, por isso ela não deve ser realizada como rotina no hospital. Apenas bebês que precisam de ajuda para iniciar a respiração ou que tenham nascido de um líquido amniótico contendo mecônio podem se beneficiar dessa prática.

    Na recomendação 47 a OMS coloca que um bebê nascido de líquido amniótico claro (sem mecônio) e que inicia a respiração por si só não deve ter a boca e nariz aspirados.

    Contato pele-a-pele com o recém-nascido

    Seja no parto normal ou na cesárea, os protocolos hospitalares de pesar, medir, limpar, empacotar, injetar vitaminas e aplicar colírio nos olhos do bebê devem ser adiados em pelo menos uma hora após o nascimento.

    O bebê que nasce saudável deve sair do útero da mãe e ir diretamente para o seu colo em contato pele-a-pele, sem panos entre os dois, e permanecer lá durante a primeira hora de vida.

    Aqui tenho um post sobre a primeira hora após o parto, também chamada hora de ouro ou golden hour, que você pode acessar e ver todos os benefícios.

    Na recomendação 48 da OMS, está disposto que recém-nascidos sem complicações devem ser mantidos em contato pele-a-pele com suas mães durante a primeira hora depois do parto para prevenir a perda de calor neonatal e promover a amamentação.

    Amamentação na primeira hora de vida

    É na primeira hora após o nascimento que o reflexo de sucção do bebê é mais forte, o bebê está mais atento e procura o seio materno com mais vigor. A sucção da mama estimula a liberação do hormônio prolactina que, por sua vez, estimula a produção do leite pelas glândulas mamárias.

    A recomendação 49 da OMS diz que todos os recém-nascidos que tenham capacidade de mamar, inclusive aqueles com baixo peso ao nascer, devem ser colocados no colo da mãe assim que estejam clinicamente estáveis e mãe e bebê estejam prontos.

    Colírio para profilaxia conjuntivite por gonorréia e clamídia

    O colírio credé (nitrato de prata) serve para proteger a conjuntiva do bebê da bactéria da gonorréia, que no bebê causa a oftalmia gonocócica do recém-nascido.

    O bebê seria contaminado a partir do contato direto com as secreções do canal de parto na hora do nascimento; mesmo quando o nascimento é pela via cesariana, existiria risco de contaminação por infecção bacteriana ascendente após rompimento da bolsa.

    O problema do colírio é que ele é cáustico, causando incômodo no bebê e conjuntivite química em 20% dos casos; ele é aplicado de forma rotineira independentemente da verificação da bactéria na mãe (geralmente o exame para gonorreia não é pedido durante o pré-natal).

    O credé precisa ser aplicado na primeira hora de vida, muitas vezes atrapalhando o primeiro olhar entre mãe e bebê, além de não ser efetivo para o combate de outras bactérias atualmente mais comuns como a clamídia.

    Muitas instituições já fazem o uso de outros tipos de substâncias menos agressivas para conjuntiva do bebê, como o PVPI (iodopovidona), a eritromicina e a tetraciclina, que também apresentam a vantagem de proteger o bebê de mais bactérias além da gonorreia, como clamídia, e podem ser aplicados em até 4 horas após o nascimento.

    Caso a mulher não queira que o procedimento seja realizado em seu bebê, é interessante que peça os exames necessários para verificar se tem resultado positivo para as bactérias próximo ao período do nascimento.

    Garanto que você não sabia de boa parte desses procedimentos, por isso deixei um modelo de plano de parto aqui para você baixar, é só preencher os dados que envio direto no seu email!

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