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Relatar meu parto foi como reviver o nascimento dos Gêmeos, quis dividir com vocês algo tão íntimo porque sei como toda gestante fica insegura nessa fase e ler relatos de parto pode fazer total diferença

Era um sábado à noite, eu estava cansada e muito dolorida, mas isso já era comum no último mês, meu parto estava agendado para a quarta e eu já estava finalizando os preparativos, tomei um banho quentinho e resolvi tentar dormir.

Acordei no meio da madrugada para ir ao banheiro, o que também era normal nos últimos meses, quando levantei senti uma dor estranha no quadril, mas nada que me desse algum alerta.

Quando terminei de fazer xixi, não sei se por instinto ou sono (risos), continuei sentada ali, de repente senti uma água escorrer, como estava meio dormindo, fiquei em dúvida se o peso estava me fazendo fazer xixi ou se minha bolsa tinha estourado.

Fiquei mais um tempo sentada e nada mais veio, então minha dúvida aumentou, naquele momento, só tinha um jeito de ter certeza, levantei.

A certeza veio com um esguicho de água, mas e agora? Essa parte ninguém me explicou, ainda faltava uns detalhes, mas nada que interferisse, a roupa do papai não estava separada e então chamei ele e avisei.

Eu poderia ficar nervosa ou até mesmo brava com ele por não ter arrumado, poderia entrar em desespero, mas sabe o que eu fiz? Sentei no vaso e fui secar o cabelo (risos).

Peguei uma toalha super grossa e fui para o hospital, foi o caminho mais longo que já fiz, o silêncio da madrugada ecoava em mim e eu só conseguia pensar que estava indo sentir a maior emoção da minha vida.

Ao sair do carro notei que minha toalha estava ensopada, nunca imaginei tanta água dentro de mim, fui atendida muito rápida e ao fazer o toque a médica confirmou que estava com a bolsa rota, ligou para meu Obstetra que pediu para me encaminhar para a sala de parto.

Fui encaminhada para a troca de roupas e depois a enfermeira me pediu para ficar de lado para encaixar o cardiotoco, até então eu não sentia nenhuma dor.

Ao ficar de lado começou uma concentração atrás da outra, a dor não parava e eu esqueci todas as manobras de respiração, por sorte, logo meu médico chegou e fui encaminhada para o centro cirúrgico.

O grande momento

Tomei a anestesia, confesso que tinha medo da agulhada, mas não se compara com a dor da contração, acabei me concentrando em não me mexer e mal senti, quando percebi já tinha acabado.

Eu não sentia nenhuma dor, mas o movimento no meu corpo sim, o tecido azul estava me impedindo de ver tudo, mas ao ouvir o chorinho dele ecoando não contive a emoção.

O anestesista abaixou o pano azul e eu consegui ver ele, com 2,325kgs o meu apressadinho vinha ao mundo, ele escolheu sua hora e mostrou o quão forte estava seu pulmão, mas por ser prematuro logo o pediatra levou ele.

Mãe de Gêmeos tem dois grandes momentos

O pano azul subiu, o médico me avisou que precisaria empurrar, Ana estava encaixada na minha costela, o bumbum de um lado e a cabeça do outro, a bolsa dela também precisou ser estourada, ela estava dormindo e segundo o médico ficaria mais algumas semanas ali.

Ana nasceu em parto pélvico, o Obstetra tirou ela pelos pés por causa da posição que ela estava na barriga, eu lembro de torcer muito para ouvir o chorinho dela, pelas ultrassons que fiz sabia que ela seria menorzinha.

Dessa vez passamos um minuto de silencio e o pano azul não foi abaixado, meu coração ficou aflito, mas não era nada, ela chorou forte com seus 1920kgs e finalmente todo o medo foi embora daquela sala.

Finalmente...

Enquanto o médico terminava as enfermeiras entraram com eles e finalmente eu vi meus pinguinhos de perto, que emoção, que felicidade, eles tiveram apgar 9/10 e o pediatra disse que só iriam ficar no berço aquecido enquanto eu ficava em observação.

Eu tive pressão alta durante a gestação, mas estranhei e questionei o médico quando olhei pro monitor e minha pressão estava 7/17, mas ele me tranquilizou dizendo que estávamos dentro da normalidade.

A minha reação pós-parto foi a que menos imaginei, eu tive bocejos hehe, mas não conseguia dormir, estava ansiosa por um momento com eles.

Entre o medo e a ansiedade eu realmente não sei descrever a emoção de dar à luz a eles, não existe um momento que eu consiga comparar a este.

Além do peso da responsabilidade de criar duas pessoas, ensinar, educar, também conheci o amor incondicional, o amor que dói, que transforma e protege.

Vocês foram e sempre serão minha melhor escolha.

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Você sabia que no seu primeiro ano de vida, um bebê utiliza cerca de 2.700 fraldas descartáveis? Considerando que cada fralda custe em média 90 centavos, seu gasto pode chegar a R$ 2.430,00 somente no primeiro ano de vida de uma criança!

Que fazer o ensaio é super importante já sabemos mas será que é necessário gastar tanto no ensaio?

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